Em baixa, mercado de PCs não mostra sinais de recuperação em 2016

As vendas de PCs afundaram no primeiro trimestre deste ano, caindo 11,5% em comparação com o mesmo período de 2015, segundo a consultoria IDC. Essa queda sombria foi um começo ruim para um ano que a IDC acreditou que marcaria o ponto mais baixo do mercado de PCs nos últimos anos. Mas há apenas um mês a consultoria revisou sua previsão, dizendo que as vendas de computadores em 2016 cairiam apenas 5,4% em relação ao ano passado.
A consultoria rival Gartner, que também liberou seus números nesta semana, registrou uma queda de 9,6% no mercado de PCs nos três primeiros meses deste ano. A diferença dos números acontece por conta da maneira como as empresas contabilizam as vendas. Ao contrário da IDC, a Gartner contabiliza tablets com teclados descartáveis, a exemplo do Surface Pro, da Microsoft, como computadores pessoais, e costuma registrar números maiores de vendas.
O trimestre ruim pode não ter sido uma surpresa – a IDC, por exemplo, tinha apontado o pior cenário como uma queda de 11,2%, mas não deixa de ser acachapante. A queda na comparação ano a ano foi a maior desde o primeiro trimestre de 2013, aponta a IDC.
As fabricantes de PCs despacharam cerca de 60,6 milhões de máquinas no primeiro trimestre, segundo a IDC – a Gartner registrou um número um pouco maior: 64,8 milhões de unidades. O pior é que o fim dessa queda não parece estar próximo. “Esperamos que este ano consiga atingir o fundo do poço”, afirma o analista da IDC, Jay Choy, que prevê uma queda de 1,1% em 2017. “Apenas em 2018 vemos uma estabilização do mercado.” “Não esperamos que o mercado de PCs para o consumidor final cresça ou se estabilize, mas continue encolhendo até 2020”, afirma o analista.