Fruet diz que prioridade é garantir recursos para que serviços não parem em Curitiba

O prefeito Gustavo Fruet disse ontem que a prioridade neste momento de instabilidade política e indefinição administrativa na esfera federal é assegurar a manutenção dos serviços essenciais para a população de Curitiba. “Nossa preocupação maior é manter contato com os ministérios, com as equipes técnicas responsáveis pelo dia a dia até que tudo se resolva, procurando assegurar que não haja interrupção ou queda maior nos repasses do que já está havendo, especialmente para serviços que dependem de repasses federais, como saúde e assistência social”, afirmou.
Fruet destacou que a decisão da Câmara dos Deputados de admitir o impeachment da presidente Dilma Roussef provocará um vácuo administrativo no governo federal pelo menos até que o Senado vote a admissibilidade do processo. “Isso pode acentuar a paralisia do governo federal, o que é preocupante num cenário em que muitas cidades já estão com dificuldades, com quase todos os convênios em atraso, queda na arrecadação e no valor repassado por fundos, especialmente o Fundo de Participação dos Municípios”, disse.
O prefeito lembrou que desde o início do ano Curitiba vem adotando uma série de medidas de racionalização de gastos. “Determinei a intensificação dos cortes do que não é essencial para garantir a manutenção dos serviços e também dos investimentos em andamento”, afirmou. Um caso típico é a obra do lote 3.1 da Linha Verde, que compreende um trecho de aproximadamente 3.400 metros entre a Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, e as proximidades do Rio Bacacheri. A Prefeitura vem tocando a obra com recursos próprios (R$ 48,3 milhões) devido à demora na liberação da parte que cabe ao governo federal. “Tomamos a decisão de inverter o cronograma de desembolsos para não prejudicar o andamento da obra”, disse Fruet.
Outro exemplo citado por ele é o do projeto do metrô, da alçada do Ministério das Cidades – cujo titular, Gilberto Kassab, apresentou na semana passada a carta de demissão do cargo. “Muda toda a interlocução. Temos que aguardar a nomeação do novo ministro, a formação da nova equipe, e verificar se o projeto terá continuidade”, afirmou o prefeito.