Idosos tomam a vacina contra gripe no primeiro dia de campanha

Nesta segunda-feira (23/4) começou a campanha nacional de vacinação contra a gripe. Em Curitiba, a vacina está disponível em todas as unidades de saúde para os públicos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. A vacinação ocorre de segunda à sexta-feira, em horário comercial, das 8h às 18h, até 1 de junho.

No primeiro dia de campanha, a procura pela vacina é alta. A aposentada Filka Kornievcz foi à unidade de saúde Ouvidor Pardinho garantir a dose. “Eu tomo a vacina todos os anos. É maravilhoso porque aí não pego nada”, conta ela, revelando o seu segredo para não ficar doente: “Vacina e alimentação saudável, com muitas frutas com vitamina C.”

Filka, bem-humorada, mandou um recado para quem faz parte do público prioritário e foge da vacina. “Criem coragem, não tenham medo da agulha, não dói nada. Faz bem para a saúde, você não vai ficar gripado e nem ficar transmitindo para os outros”, disse.

O aposentado Sérgio Ernani Pinheiro, 69 anos, também se vacinou no primeiro dia. “Não dói nada, é gratuito e evita males maiores. Não tem motivo para evitar”, afirmou ele.

Público-alvo

De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides Oliveira, o público prioritário é definido pelo Ministério da Saúde, de acordo com a vulnerabilidade e a possibilidade de complicação caso pegue gripe (veja abaixo a lista do público-alvo).

Em Curitiba, a meta é vacinar pelo menos 90% das 515 mil pessoas que integram o público-alvo, o que corresponde a 463,5 mil pessoas. No primeiro dia de vacinação, nesta segunda-feira, a procura tem sido alta. “Não precisa correr, até o dia 1 de junho a campanha estará em vigor. Tem dose suficiente para toda a população alvo”, explicou Oliveira.

Para receber a vacina, basta ir a uma das unidades básicas de saúde, levando um documento oficial e, dependendo do caso, a comprovação de que se enquadra no público-alvo (lista abaixo).

A vacinação não é feita nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), locais destinados apenas ao atendimento de casos de urgência e emergência.

Em 12 de maio, ocorrerá o Dia D da mobilização, um sábado em que alguns postos de saúde abrirão para a vacinação da gripe, ampliando o acesso dos usuários.

Orientações

Além da vacinação para o público mais vulnerável, os cuidados com a higiene para evitar a proliferação do vírus valem para todos. De acordo com Oliveira, é preciso higienizar as mãos frequentemente com álcool gel ou lavar as mãos com água e sabonete, quando possível. Outra dica é evitar aglomerações e locais fechados.

Se tiver com os sintomas de gripe (febre, tosse, mal-estar generalizado, dor de garganta, dor de cabeça, dor no corpo, calafrios) é importante buscar atendimento médico, para receber orientação sobre a necessidade de tratamento medicamentoso com Tamiflu.

Além disso, ao espirrar, é importante manter a “etiqueta do espirro”, para evitar o contágio de outras pessoas. “Ao tossir ou espirrar, cubra a boca com a parte interna do braço”, explica Oliveira. “Evite por a mão na frente da boca e tocar em outras superfícies, contaminando-as.”


Grupos com indicação da vacina na rede pública 
O público-alvo da campanha de vacinação contra a gripe é definido pelo Ministério da Saúde. Para tomar a vacina, basta ir a uma unidade de saúde e apresentar um documento oficial. Em alguns casos, é necessário apresentar também um documento que comprove que o usuário se enquadra em algum destes públicos:

– Crianças de 6 meses de idade a 4 anos, 11 meses e 29 dias;
– Idosos com 60 anos ou mais;
– Pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais, como trissomias, doença respiratória, cardíaca, renal, hepática e neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesidade e transplantados (se não fizer o acompanhamento na unidade de saúde é preciso apresentar solicitação ou prescrição médica com o motivo da indicação da vacina);
– Gestantes, independente do mês gestacional;
– Mulheres em pós-parto, até 45 dias após o nascimento do bebê (apresentar certidão de nascimento do bebê, cartão-gestante ou documento do hospital em que ocorreu o parto);
– Trabalhadores da saúde (apresentar declaração do vínculo de atuação);
– Professores de escolas públicas ou privadas (apresentar documento que comprove vínculo de atuação, como crachá ou declaração da instituição em que atua);
– População indígena.


 

Orientações de higiene 
Além da vacina para os grupos de risco, toda população deve atentar para a prevenção. Veja as dicas:

– Lavar as mãos com frequência utilizando água e sabão ou passando álcool 70;
– Cuidar ao falar e tossir perto de outras pessoas. Ao tossir, cubra a boca com a parte interna do braço. Não coloque a mão na frente da boca, pois se tocar em outras superfícies irá contaminá-las;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados;
– Procurar manter os ambientes ventilados;
– Em ambientes que permanecem fechados deve-se realizar a limpeza com álcool 70 e evitar o acúmulo de poeira;
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Foto: Valdecir Galor/SMCS