O clássico folclórico “O boto cor de rosa” ganha nova adaptação no II Festival de Teatro Infantil

Uma das mais famosas lendas folclóricas, “O Boto Cor de Rosa”, dá sequência a programação do “II Festival de Teatro Infantil – Brinque, Lendas Brasileiras”. O projeto, que estreou em março em Curitiba, segue até agosto. Com realização do Ministério da Cultura, apresentação da Montenegro Produções Culturais e apoio do Hospital Pequeno Príncipe, a lenda clássica ganha uma versão inédita para o festival através da Mataveri Produções Culturais e Cia Pé No Palco, e será encenado neste sábado e domingo, dias 25 e 26 de abril, no palco do Teatro Bom Jesus (R: 24 de maio, 135), às 16horas. Toda a renda da bilheteria será doada ao Hospital Pequeno Príncipe.
O espetáculo apresenta de forma poética e musical a história do “O Boto Cor de Rosa”. Na mitologia Amazônica, o Boto Rosa tem o poder de emergir das águas do rio a noite, e se transformar num belo homem, para seduzir as mulheres que se sentem atraídas pelo seu estranho fascínio. A lenda do boto está ligada aos ribeirinhos, às festas juninas, aos bailes caseiros e populares, quando então, todos se encontram para as festividades e as moças colocam seus trajes mais bonitos, se enfeitam e aproveitam para namorar enquanto seus pais conversam distraídos e alheios a tudo.
Nessas noites, geralmente de luar, o Boto aparece em forma de um homem alto, bonito, com um chapelão na cabeça e todo vestido de branco. Gentil e cavalheiro, todas as moças ficam encantadas e se deixam levar por sua beleza. Na manhã seguinte volta a se transformar no boto. Considerado amigo dos pescadores, o boto é quem conduz em segurança as canoas durante tempestades.
O projeto inclui ainda contações de histórias no Hospital Pequeno Príncipe e apresentações exclusivas na Associação Eunice Weaver, que promove a pesquisa científica e o atendimento médico, educacional e social a crianças e adolescentes, com prioridades aos filhos sadios de hansenianos.

Mais sobre o II Festival Infantil – Brinque, Lendas Brasileiras
O “II Festival de Teatro Infantil – Brinque, Lendas Brasileiras” dá sequência aos festivais promovidos pela Montenegro Produções. No ano de 2013, o Brinque, em sua primeira edição, apresentou para as crianças oito peças de leituras já consagradas. Já, em 2014, foi a vez da magia e encanto das narrativas de contos de fadas no festival “Era uma vez…eram duas, eram três”, com seis peças de contos clássicos conhecidos. A ideia dos festivais é contribuir para a formação de jovens plateias e incentivar o desenvolvimento da sensibilidade e criatividade por meio do contato com a linguagem artístico-musical. O Brinque pretende voltar às atenções para o teatro infantil, gerando novas oportunidades, além de democratizar o acesso à cultura para as crianças.
Com tanto acesso a tecnologias na infância, o brincar vêm se perdendo aos poucos, contudo, o Brinque nasceu com a ideia de renovar e fortalecer a formação de plateia do segmento de artes cênicas, levar por meio da música e do teatro, crianças e adultos a viajar na cultura brasileira, vivenciando as histórias do imaginário popular sem depender de recursos tecnológicos utilizando apenas a criatividade e imaginação.
De acordo com Rosy Greca, idealizadora de três adaptações para o “Brinque, Lendas Brasileiras”, o meio tecnológico no qual a infância contemporânea está inserida, deve incluir as nossas raízes culturais, bem como a produção artística em geral e não refutá-las, ignorá-las ou simplesmente aniquilá-las. O grande desafio, portanto, é promover o equilíbrio, o diálogo criativo e salutar entre a tecnologia, as riquezas folclóricas e as manifestações artísticas.
Após “O Boto Cor de Rosa”, a programação dá sequência com a lenda “Saci Pererê”, nos dias 30 e 31 de maio, “Negrinho do Pastoreio”, 27 e 28 de junho, “Cabra Cabriola”, 25 e 26 de julho e encerra com “Curupira”, nos dias 29 e 30 de agosto.
As instituições beneficiadas com este projeto são: F.A.S, IPCC, Transforme Sorrisos, Associação São Roque e Lar Móises.
Desenvolvido com incentivo fiscal, por meio da Lei Rouanet, o projeto será executado com patrocínio de empresas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dentre elas: UEG Araucária, Nórdica Veículos, Rocha Terminais Portuários, Expresso Jundiaí, Komatsu, Ciapetro, Franklin Eletric, TratorNew, Methal Company, Cesbe AS Engenharia, Furukawa, Agrícola Horizonte, Perkons, Deycon, Madal Palfinger, Engepeças, Florença Caminhões, Delta Cable, Balaroti, Slaviero Hotéis, Sebba Madeiras, Mag Paraná, Gran Sappore, Fiorelo Pegoraro, Tecnologia em cabos de Aço Brascabo LTDA, Brasil Telecom, Boulos e TratorMix.

Foto: Valterci Santos.