Paraná quer ser reconhecido como área livre da peste suína

O Paraná intensifica o esforço para que o Estado seja incluído entre as primeiras zonas livres de peste suína clássica sem vacinação a obter o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a partir de maio de 2015. Em reunião realizada na semana passada, na Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, foi definida a mobilização do Estado e de produtores para uma série de ações compartilhadas.
O encontro teve a participação dos dirigentes da Secretaria da Agricultura, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), de dirigentes da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), das federações da Agricultura (Faep), das Indústrias (Fiep) e dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaep), dos sindicatos dos Produtores de Leite (Sindleite), dos Produtores de Aves (Sindiavipar), de Carnes (Sindicarnes) e da Associação Paranaense de Suinocultores.
Haverá ações para a estruturação das barreiras interestaduais localizadas nas divisas com os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, incluindo reformas e construção de novas instalações. Haverá também reforço nas áreas de vigilância ativa e passiva, cuja integração deverá ser incrementada para que o serviço veterinário oficial do Estado seja melhor avaliado pelos organismos internacionais.
Entende-se como vigilância passiva as ações de defesa sanitária animal que cabem ao produtor informar ao órgão de defesa, se desconfiar de algo anormal na sua propriedade ou no seu entorno.
E a vigilância ativa, são ações que a defesa sanitária oficial faz normalmente nas propriedades ou no controle de trânsito animal.
Ficou acordado, ainda, que haverá melhorias no controle do trânsito de animais nas divisas estaduais e no trânsito em geral de animais e material de risco, assim como a estrutura física dos órgãos de defesa e recursos humanos para cumprimento das atribuições da Adapar.
Cerca de 200 profissionais aprovados no concurso realizado pela Adapar, em junho, já estão sendo chamados para fazer exames médicos.
A produção de suínos movimenta a economia paranaense, atingindo um faturamento bruto de R$ 2,77 bilhões em 2012. O Paraná tem um rebanho suíno de 5,5 milhões de cabeças (terceiro maior do País) e conta com uma rede de 22 frigoríficos SIF, com inspeção federal, e 55 frigoríficos SIP, com inspeção estadual.