Prefeitura oferece abrigo a pessoas em situação de rua do Mercado Municipal

A Prefeitura de Curitiba vai garantir atendimento social e abrigo para as pessoas em situação de rua que usavam as marquises do Mercado Municipal para pernoitar.

O tradicional espaço da cidade está passando por reforma e passará a contar com um boulevard no espaço das marquises.

Com as obras em andamento, equipes da Fundação de Ação Social (FAS) intensificaram as abordagens às cerca de 160 pessoas que transitam e dormem no entorno do mercado, oferecendo diariamente os serviços disponíveis – há 1.028 vagas nos abrigos espalhados em 15 pontos da cidade, sendo quatro delas (240 vagas) no Centro.

As unidades oferecem banho, jantar, café da manhã, além de camas e cobertores. As abordagens e o cadastramento das pessoas estão sendo feitos diariamente.

O trabalho na região é feito de maneira periódica, como em toda a cidade. Somente em agosto, foram realizadas 356 abordagens às pessoas em situação de rua no entorno do Mercado Municipal – em média, mais de duas abordagens por pessoa. Apenas em 182 ocasiões elas aceitaram o atendimento no período.

Negociação
A presidente da FAS, Elenice Malzoni, o administrador da Regional Matriz, José Dirceu de Matos, e representantes da Defesa Social se reuniram com um grupo de representantes da população em situação de rua.

“Desde o início da gestão do prefeito Rafael Greca estamos estudando e implantando serviços diferenciados. Entendemos que a rua não é moradia para ninguém e que temos que construir possibilidades para que as pessoas em situação de rua acessem oportunidades para um futuro melhor e mais digno”, afirmou Elenice.

Reunião
Uma reivindicação do grupo é que o acolhimento seja feito em unidades localizadas na região central. Para Olivier Bruetto, que chegou a Curitiba em 2009, vindo de Dois Vizinhos, sudoeste do Paraná, as pessoas que são atendidas no Centro, durante o dia, devem ser acolhidas na mesma região, à noite, para facilitar o deslocamento.

Carlos Merlini Netto, líder do Movimento Nacional de Casais em Situação de Rua, que esteve na reunião junto com a companheira, Joana D´Arc Barrado, reivindicou ainda que o município implante um serviço que atenda famílias. “Acreditamos que o acolhimento seja bom para quem é solteiro, mas para os casais é preciso outra opção”, disse ele.

Participaram ainda da reunião, representando a população em situação de rua, João de Almeida, Paulo Fabrício Machado e Alcikley Wagner Filgueira.

 

Foto: Ricardo Marajó/FAS