Quarta, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo

Na próxima quarta-feira, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Para orientar a população sobre os malefícios do cigarro, a Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) estará com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) promovendo testes de saúde em uma tenda na Boca Maldita, das 9h às 13h, em Curitiba. Participarão cardiologistas da SPC, equipe da Sesa e também alunos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, da Unicesumar e Hospital Cruz Vermelha. Serão realizados aferição de pressão arterial, teste de glicemia e passadas informações sobre como parar de fumar.

Ao todo, cinco milhões de pessoas morrem, por ano, em decorrência de doenças relacionadas ao tabaco, como as cardiovasculares. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) que ainda revelam que até 2020, o total de mortes aumentará para dez milhões, sendo que 70% das perdas ocorrerão em países em desenvolvimento.

O diretor da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Dr. Silvio Barberato, salienta que o tabaco é a maior causa de morte evitável no mundo. “O cigarro é um dos principais promotores da aterosclerose, ou seja, do entupimento progressivo dos vasos arteriais. Quem fuma chega a ter cinco vezes mais chances de sofrer infarto, angina, AVC – acidente vascular cerebral e a obstrução de artérias nas pernas, que levam a claudicação e amputações”, explica.

O presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia, João Vítola, lembra que o tabagismo faz parte dos hábitos mais maléficos à saúde. “Falta de ar, fôlego curto, dor no peito e nas pernas ao caminhar são alguns dos sintomas de doenças ateroscleróticas no fumante. “Se juntarmos o fumo, a má alimentação, o sedentarismo e a obesidade teremos os piores fatores de riscos à nossa saúde”, salienta o cardiologista.

Quem também sofre com os problemas gerados pelo tabaco são os fumantes passivos, aqueles que estão expostos à fumaça do cigarro. “O fumante passivo é outra vítima: tem 20% a mais de chance de sofrer um infarto do que uma pessoa que nunca foi exposta ao cigarro”, diz João Vítola. “As crianças que vivem com tabagistas também são vítimas: têm 50% a mais de chance de desenvolver doenças cardiovasculares, problemas respiratórios, alterações do sistema imunológico, déficit de atenção e perda de audição que aquelas que não têm contato”, ressalta Dr. Silvio Barberato.

De acordo com os cardiologistas, quem deseja parar de fumar, mas têm dificuldades, pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece tratamentos nas Unidades Básicas de Saúde.