Retomada da economia depende de investimentos no setor de infraestrutura

O atual momento econômico requer uma maior aceleração dos novos investimentos em concessões já existentes de infraestrutura, como forma de ajudar o País a sair da atual crise e dar impulso à economia, e isto passa pela definição de uma estratégia de curto prazo para destravar estes investimentos e permitir que as empresas tenham melhores condições de investir, afirmou o diretor presidente da ACCIONA no Brasil, André Clark Juliano, hoje (31/05), durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, evento que reuniu representantes de grandes empresas e do governo, em São Paulo.

“A infraestrutura é o que salva o crescimento do Brasil, e nós acreditamos ser necessário investir mais nessa área”, afirmou Clark, que foi um dos participantes do evento, promovido pela APEX, pelo BID e governo federal, ao lado do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco; do vice-presidente para países do BID, Alexandre Rosa; do presidente da Anbima – Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – Robert Van Dijk; e do CEO da China Three Gorges Brasil, Li Yinsheng.

“A ACCIONA, como investidora, acredita que o PPI (Programa de Parcerias de Investimento) tem grande potencial para alavancar a infraestrutura brasileira, principalmente os projetos dos setores de saneamento e de transmissão de energia, que poderão impulsionar o crescimento necessário à economia”, afirmou o diretor presidente da ACCIONA no Brasil. Para ele, a questão do PPI foi um grande avanço de governança, uma vez que a infraestrutura, para fluir de forma adequada, necessita de decisões multidisciplinares em diversas frentes, como meio ambiente, planejamento, transportes, e junto ao Ministério da Fazenda e ao TCU, entre outras.

Em sua opinião, o saneamento é prestação de serviço público, e pode trazer intensidade econômica para os municípios em todo o Brasil, e não só nas capitais.  Segundo Clark, assim como ocorreu no setor de aeroportos, está havendo uma preparação prévia para as novas concessões na área de saneamento, mas “é preciso que a regulamentação seja revista, e que sejam equacionados projetos interessantes do ponto de vista de rentabilidade, com a inclusão de mais de um município por projeto”.

Em sua avaliação, o País segue sempre no foco dos investidores internacionais, e a atuação das empresas já instaladas e com negócios no Brasil, como é o caso da Acciona, é essencial na formação da opinião dos demais players interessados em investir no País. Por isso, a criação desta agenda de curto prazo é fundamental para manter a atratividade dos investimentos na área de infraestrutura. “Programas como o PPI e o do BNDES, no setor de saneamento, dão a esperança ao mercado de que bons frutos serão colhidos no médio e longo prazo”, disse Clark.